terça-feira, 31 de março de 2009

Tenho saudades de tempos passados, de momentos vividos! Nunca soube lidar com o passado, controlo muito bem o meu presente, tenho o meu futuro todo delineado mas a verdade é que não posso olhar para o passado, não posso pensar ele sem me sentir ruir, sem sentir que me falta um bocado, sem sentir que uma outra vida passa ao meu lado e eu não a sigo ela.
Falta-me algo, algo que deixei no passado. Falta-me a vida que deixei de viver. A vida que abdiquei para puder seguir em frente.
Sinto que quem conheci, que quem amei, que todos os que à uns tempos a trás formavam o meu dia a dia, seguem agora vidas tão distantes, tão diferentes da minha que já não há razões para nos voltarmos a encontrar.
Sinto-me mais sozinha que nunca. Sinto-me afundar cada vez mais neste túnel frio, sinto o ultimo rasgo de luz desaparecer enquanto eu me afundo cada vez mais neste túnel que me consome, neste túnel que é a minha vida!
Sigo sem rumo, sem destino, apenas sigo em frente! enfrento o que tiver que enfrentar, faço o que tenho a fazer apenas para puder continuar em frente! Pergunto-me se devo continuarem em frente, se é em frente que se encontram as explicações, se é enfrente que está a minha felicidade, os meus sonhos. Pergunto-me se não seria melhor parar de tentar manter-me à tona de água e deixar-me afundar simplesmente, parar com a dor. Voltar para trás, para o local que conheço, para a vida que já vivi!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Quando a monotonia cai sobre nós tudo deixa de fazer sentido. Tu queres agir mas não consegues, queres andar mas os teus músculos não se movem, queres lutar mas não sabes o que é isso… acabas por cair num acomodamento confortável a curto prazo mas insuportável a longo… não sabes qual é o sentido da vida, nem se quer o que é a vida. Um sentimento de tristeza profunda invade-te, não consegues descobrir o que se passa, não sabes nada… tornas-te apenas mais um imbecil no mundo, não serves para nada, não és nada…

I still think about you! And in the times that you were the first to read what i wrote!
I still miss you! I still like you!
Your so fucking special that i can't take you out of my mind!

sábado, 21 de março de 2009

SINTO-ME constantemente inundada pela vontade de querer escrever, de dizer tudo o que houver para dizer mas quando pego na caneta e no papel ou quando ligo o computador as palavras pura e simplesmente não saem.
Escrevo meia dúzia de palavras sem sentido e dai não consigo sair. Desisto por fim, mas fica em mim uma sensação de vazio, estranha e incomodativa, aquela sensação de estar entre o tudo e o nada, entre o fogo e o gelo, aquela sensação de estar a meio caminho e não conseguir voltar para trás ou encaminhar-me para a frente, para o futuro.
A estranha sensação aumenta e surge em mim o eterno debate do conseguir fazer e do querer fazer.
Porque eu quero o tudo, mas faço o nada. Porque quero escrever o que sinto e não consigo, mesmo que todo o meu corpo implore que liberte todas as minhas emoções e sensações para o papel, na esperança que ao escrever me liberte do fardo de sentir o que sinto. De ser o conflito no meio do conflito. De saber o que quero e não o querer. De o necessitar como o ar ao mesmo tempo que me devora como chamas.
E lá de vez em quando (num dia como o de hoje, a meio da noite), lá pego no papel e na caneta e de repente as emoções transformam-se em palavras, os sentimentos em frases, o que sou num texto. E depois, ao contrário do alivio esperado, vem a angustia e a dor continua que me acompanha escondida atrás do véu de sorrisos, gargalhadas e mentiras a mim mesma que me acompanha toda a VIDA.
A verdade nua e crua é que esta dor de ser eu não passa por mais que escreva, mas ao menos a escrever (nas noites em que consigo escrever), ajuda-me a compreender quem sou.
Boa noite e até à próxima vez que consiga escrever.